Antonio Lafayette N. Silva
Em velhas cartas dispersas
tantas delas já sem cor
sinto o perfume das promessas :
outrora chamei de amor.
Embrulhei minha saudade
num estojo de cetim,
fiz da felicidade
a minha rima sem fim.
Em cada página lida
o mundo aflora em beleza,
eis o pleonasmo da vida ,
ao repetir essa grandeza.
No meu mundo de criança
pela bola colorida ,
eu guardei a minha infância,
na saudade de uma vida .