No silêncio da saudade,
Costumamos falar com Deus
Isto prova essa verdade,
Jamais fomos ateus.
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As estrelas como o mundo,
São saudades em noites claras
E o céu guarda mais fundo,
E o universo as separa.
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O perfume vem do mar,
E se espalha sobre a Terra
Tem um cheiro de luar
Qual o frasco onde se encerra.
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Cinco mais sete são doze,
Tento escrever um soneto
E vou fazendo como hoje,
A metáfora trai um momento.
*Antônio Lafayette Natividade Silva, ocupante da cadeira 03 da Academia Cristã de Letras - ACL, é conhecido como Poeta da Saudade. Essa virtude ou desvirtude, segundo ele, há muito tempo está ao seu lado. “Em tudo que faço, a inspiração me acompanha e me diz ao ouvido: Saudade! Tento evitar, mas a saudade é minha vida ‘metafórica’ ao longo do tempo.”