foto by Di Bonetti
No olhar de uma criança, tudo balança
E, de acordo com a ocasião, vemos Inverno ou Verão
Os olhos infantis, perfeito espelho de sua alma
São instáveis como aquela, que muda a todo o momento
Como a direção do vento, ou a coreografia da dança
Mutantes e ou constantes, ao sabor do trovão
Do temporal, ou da bonança que acalma
Para a criança poupar do sofrimento
Olhos infantis, que riqueza de expressões
Que vão do sofrimento à euforia
Na criança tudo é permitido
Entre o instinto e a racionalidade
É a idade de sonhos e ilusões
Da dependência, mas também da rebeldia
Que pode não ter qualquer sentido
Porque isso é próprio da sua idade
José Verdasca dos Santos, é escritor, historiador, jornalista e poeta. Na Academia Cristã de Letras – ACL, ocupa a cadeira 36.