No momento supremo, a mulher se agiganta!
É mãe! – quer num palácio ou mísera choupana,
humílima ou rainha... e pecadora ou santa,
é mãe – quase divina e, mais que nunca, humana!
Um lamento de dor aflora-lhe à garganta!
O sofrimento a abate, o medo a desengana...
mas, ao tornar-se mãe, a mulher se suplanta,
já que a vida de um filho a exige soberana!
O olhar materno fulge! E que ternura exprime
quando a mulher abraça, à vez primeira, ansiosa,
o seu fruto de amor! O seu botão de rosa!
E, a coroar-lhe a beleza, a lágrima a engrandece:
- puro orvalho a abençoar, no beijo mais sublime,
a roseira feliz, que entre espinhos floresce!