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Antonio Lafayette N. Silva

Morro um pouco no silêncio da noite.
Aconteço numa poesia encontrada em caminhos diáfanos
de direções indefinidas.

Há pela frente tantas verdades de saudades, que me
não entusiasma conhecer.
No passado, há praias, chuvas talvez, no futuro...
Mas não quero ponderar.

Hoje eu quero apenas ficar triste
porque não pude dizer um verso de amor.
Tenho direito de escolher meu refúgio.
Ouço alguém dizer que que o amor também é triste.
Talvez seja. Sinto que se parece comigo.
Mas eu sou poeta...
Preciso de tristeza para a benção do meu verso.

Quem compreende minha alegria de ser triste?

 

Do Livro de Antonio Lafayette N. Silva
 “Orvalho de Luz” - Página 92 - 2009.