Aflitos gestos irresignados, já à distância,
Expressam doloridas pencas de saudades
Acenando na despedida. Em consonância,
Rolam sentidas lágrimas da emotividade.
Mas, o jovem não tem escolha. Aspirante,
Convocado, tem que ir. Lhe espera a guerra...
A batalha na fronte será daqui, bem distante.
Confronto que não irá lutar em sua própria terra.
Marcham por sua cabeça infanto-juvenil,
Em passos descompassados, expectativas e aflições...
Sonhos de heroísmo, e medo... Intenso e febril.
Será ele amanhã doído pranto derramado? Inquietações!
Revoam-lhe cenários, ora venturosos, ora tormentosos e incertos.
E giram quais moinhos... Cobertos de nuvens em redemoinho...
Perpassam os horizontes dos sonhos da mocidade, cobertos
e incertezas e pressentimentos desfocados. Agouros em desalinho.
Sente que lhe foge o riso... Sobrepõe-se-lhe a tristeza...
Furta-se-lhe a lágrima aprisionada que, sufocada se retém -
Inclemente e perverso pranto que não chega e açoita sua presa.
Mas, o murmurinho de soluços evidencia o coibido choro que contém.
Segue nosso jovem a terras alhures... Distantes.
Quiçá seu destino será de glória e retorno festivo.
Ou... Será voz calada dos saudosos futuros horizontes.
E, a mórbida alegria do lembrar o herói silente - Desalentoso lenitivo.
Ao final... Pranteia a pátria, órfã de seu soldado aguerrido -
Guerreiro varonil, forjado da têmpera rica do aço. Um forte!!!
Também chora a família a ausência do amado filho perecido.
Guerra! Fímbria de labirintos pretéritos... Morte!