Eu sou meio tom, crepúsculo, incerteza.
Às vezes sobrado, por vezes, porão.
Encontro no simples a minha grandeza.
Ciranda de pedra, eu sou solidão.
Menina que escolhe as próprias histórias,
que antes do baile é bem mais feliz.
Coração ardente, inventando memórias.
Noturnas histórias... Não sei ser matriz.
Entre alguns achados e muitos perdidos,
escrevo uma crônica em cada viagem.
Mistério e segredos de beijos partidos
nos vários recantos do jardim selvagem.
Quando há Lua cheia, as horas são nuas.
Convivo com armas e vozes fraternas.
Sou chama que logo se torna fagulhas,
fagulhas que sonham com luzes eternas.