Noite fria mergulhada no negrume
Da desesperança deste meu peito
Que antes, tinha de ti o perfume,
Mas que, agora anda sem rumo... sem jeito.
Sinto-me um ser apagado e sem brilho,
Levado por movimentos sombrios.
E, só, minha alma confronta empecilho
Pelo abandono e seus ventos bravios.
Enublaram-se os alentos e a fé.
O destino, cruel, me impôs tal maré
E me submete a sensações brutais.
Mas, a saudade deita e rola solta.
Afervora os sentidos. Quer a volta
Daquele amor que não esqueço jamais.
Reinaldo Bressani - Cadeira nº 15 da ACL