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  • Fonte: Lázaro Piunti - 25//08/2021.

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Explodiu na noite feito fogaréu

A volátil imagem se refez ao léu.

Inebriante musa despida do véu

Das amarras livres do mausoléu

Lépida partiu no mudo escarcéu.

Fingida estrela no limiar do céu.

Na taça prateada erigiu o troféu.

Busca prometida do remido réu.

Retida a aurora no laço do cinzel.

Juras refratárias contidas no anel

Na dança da nuvem fixa ao cordel

Das farpas isentas do senhor cruel

Silenciosa fuga no dorso do corcel

Artista do pudor tecida no pincel

Seduzida ânsia de sonhos a granel

A sorver carícias do espesso farnel

Esmaecida posse no cálido dossel

Recusada a tara gerada no bordel

Na falsa tiara esquecida no tonel

Das agruras tantas do amor infiel.