De um simples entreolhar iriante, ocorrido ao acaso,
forjou-se, incontido e belo, um elo de brasume intenso.
E, no tempo da sedução, o colorido das palavras dá azo
a passional afluir... esconso em ninho de amor propenso.
Ela, enliçada ao deleite dos mimos suaves da lhaneza,
envolta pelos doces sinais e cálidos acenos da conquista
e, enlevada nos apelos dos instintos feminis e sutilezas,
flutua na essência dessa expectativa sensualista.
Ele, embevecido pelo fascínio, apraz-se de sonhos mil.
Garbosamente, ambreia seus gestos consonantes e refinados.
Qual perfeito cavalheiro, sensível, amável e de alor gentil,
flutua em alegres nuances de encantamento delicado.
E, ao tilintar do champanhe afrodisíaco e borbulhante,
defronte acolhedora lareira de braseiro crepitante, lê,
entre ternos afagos e sussurradas palavras estimulantes,
um candente poema de Bressani... com a magia dum buquê.
Ao fundo, baixinho, a música de eflúvios extasiantes.
Evolam-se sutis verbos de aromas carregados de ternura
e de avivados sentimentos harmonizados e aquiescentes,
além da oferta de uma flor – rosa vermelha... cor de paixão e candura.
Finalmente, num beijo de volúpia incontida, a entrega.
Entrega por inteiro... afogueada na vertente culminante
da verdadeira mística do afetuoso prazer que alegra...
Refulgir do esmerado e essencial cortejar suscitante.