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  • Fonte: Lafayette*

 Lafayette 86b12

 

 

 

 

 

 

Na saudade de mim mesmo,
eu reviro o meu passado
da alegria que tenho a esmo,
mas me sinto acabrunhado.

A rosa morna do dia
o sol a beija com fervor,
e o namoro principia
nas tardes quentes do amor.

Fiz um barco de saudade
para viajar no infinito,
e na minha soledade,
acreditei nesse mito.

Olho o sol, olho a vida,
tudo um encanto perfeito.
Mas só o amor, minha querida,
Traz a saudade em meu leito.

Desde o princípio do nada
a saudade começou.
E nasceu na madrugada
quando o destino a bordou.

 *Antônio Lafayette Natividade Silva, ocupante da cadeira 03 da Academia Cristã de Letras - ACL, é conhecido como Poeta da Saudade. Essa virtude ou desvirtude, segundo ele, há muito tempo está ao seu lado. “Em tudo que faço, a inspiração me acompanha e me diz ao ouvido: Saudade! Tento evitar, mas a saudade é minha vida ‘metafórica’ ao longo do tempo.”