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  • Fonte: Juarez M Avelar

Confrades e Confreiras de nossa querida Academia Cristã de Letras. Merece registro, para o conhecimento geral, as razões de nossas visitas às Entidades Médicas; Associação Paulista de Medicina – APM e Associação Médica Brasileira – AMB. Para que todos e todas fiquem a par, farei uma breve exposição de motivos.

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Após concluir o segundo mandato (não sucessivos) na presidência da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - SBCP, participei das Diretorias da Associação Paulista de Medicina – APM e Associação Médica Brasileira - AMB. Na APM ocupei cargo de Diretor de Defesa Profissional com intenso trabalho decorrente de sua atuação em defesa da classe dos cirurgiões plásticos brasileiros.

Naquela época os problemas de exercícios profissionais que envolviam cirurgiões plásticos eram avaliados, julgados e condenados pelos Conselhos Regionais de Medicina - CRMs e pelo Poder Judiciário através dos Meritíssimos Juízes - MM, com base em laudos periciais de médicos não especialistas. Com efeito, diversos cirurgiões plásticos receberam injustas condenações porque os juízes nomeavam peritos (médicos de outras áreas) desprovidos de qualificação e informações técnicas capazes de retratar a essência do resultado cirúrgico no respectivo laudo pericial.

Semelhantes situações ocorriam com os processos disciplinares nos Conselhos Regionais de Medicina – CRMs de todo país e igualmente no Conselho Federal de Medicina - CFM, cujas tramitações seguiam com difícil defesa por parte dos cirurgiões plásticos, porque os peritos nomeados pelos Conselhos eram alheios aos procedimentos especializados. Tive oportunidade de acompanhar alguns colegas com processos de suposto “erro médico” porque o laudo pericial não refletia a verdade técnica nos canais científicos da especialidade. Tais casos foram encaminhados para o CFM por apelação dos advogados de defesa dos cirurgiões plásticos. Quando o CFM ainda estava no Rio de Janeiro, acompanhei colegas que foram julgados e condenados, fundamentados em pareceres de peritos sem conhecimentos técnicos.

Aquelas situações me indignavam pelos julgamentos decorrentes de laudos periciais desprovidos de conhecimentos da especialidade.

Diante daqueles complexos e emaranhados quadros com julgamento e desmerecidas condenações de profissionais devidamente qualificados, desenvolvi intenso trabalho juntos aos CRMs de cada Estado da Federação, junto ao CFM e especialmente ao Poder Judiciário. Meus primeiros passos em nome da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – SBCP, foram no sentido de oferecer, aos respectivos tribunais, profissionais qualificados para elaboração de pareceres técnicos com vistas à apreciação e avaliação dos casos envolvendo cirurgiões plásticos membros de nossa Entidade. Desde o início identifiquei boa receptividade por parte dos órgãos disciplinares dos CRMs, como igualmente do Poder Judiciário.

Em etapa subsequente passei a receber correspondências dos respectivos setores para indicar cirurgiões plásticos com vistas à apreciação e análise de problemas referentes ao exercício profissional de membros da SBCP.

Vencidas as primeiras etapas tornou-se evidente os bons serviços prestados aos respectivos setores encarregados de julgamento de especialistas em Cirurgia Plástica. 
Como consequência do bom entendimento entre a Diretoria da SBCP e os CRMs as Diretorias dos Conselhos criaram as Câmaras Técnicas para avaliação, apreciação com fundamentos da especialidade que persiste até hoje.

Quando fui eleito Diretor de Defesa Profissional na Diretoria da Associação Paulista de Medicina - APM (1989/1991), desenvolvi semelhante trabalho em âmbito de todas as especialidades médicas em todo Estado de São Paulo. Idealizei criar assessoria jurídica no Departamento que prestou relevantes serviços aos médicos e médicas de diversas especialidades em todas as cidades paulistas, quando os problemas chegavam até nós. A desenvoltura e os resultados de nosso trabalho eram apresentados nas reuniões de Diretoria da APM ao longo da gestão recebendo boa interpretação e plena aprovação.

Ao final da gestão na Diretoria da APM, meu nome foi apontado para ocupar cargo na Diretoria da AMB, em horizonte em todos os Estados brasileiros. Fui indicado para o cargo de 1º secretário com atribuição específica no setor de Título de Especialista de todas as especialidades médicas que naquele período totalizava 36 especialidades médicas. Diante da complexa atividade, sugeri e realizamos, fóruns para debates conjuntos com as Sociedades Brasileiras de Especialidades e Sociedades Médicas Estaduais. Com os resultados, equacionamos e estruturamos a dinâmica dos Títulos de Especialistas de todas as especialidades médicas em todos os Estados da Federação.

Tal trabalho foi realizado ao longo de duas gestões do Prof. Mario da Costa Cardoso Filho (1991/1995) e na gestão sucessiva sob a presidência do Prof. Antônio Celso Nunes Nassif (1995/1997). Durante a primeira gestão do Prof. Mario Cardoso (1991/1993) apresentei projeto para realizar um congresso da Associação Médica Brasileira que foi aprovado pela Diretoria e transcorreu na cidade de São Paulo em novembro de 1992. A matéria científica apresentada e debatida nas sessões do Congresso foi previamente transcrito nos Anais do evento que foi um importante e indelével marco na história da Associação Médica Brasileira - AMB.

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Durante nossa recente visita à Diretoria da AMB, entreguei ao presidente dessa Entidade Nacional, Dr. César Fernandes, um exemplar daquela memorável publicação de 1992. Além disso, expus diversos cartazes que foram impressos na época da realização dos respectivos eventos, como está consignado nos Fóruns de Debates sobre Clonagem, Aborto Eugênico, cirurgia videolaparoscópica, próteses de silicone, cirurgia intrauterina e outros temas de imenso significado para a Medicina e para a sociedade de modo geral.

Após atuar nas diretorias dessas Entidades tive a oportunidades de voltar outras vezes às respectivas sedes, sem conotação com as respectivas Diretorias. Contudo, a receptividade registrada nas visitas às Diretorias da APM e da AMB, como presidente da nossa Academia Cristã de Letras - ACL, percebi que meu trabalho desenvolvido durante a última década do século e milênio passados, refletiu sedimentado resultado em favor da classe médica.

Identifico e concluo que valeu a pena trabalhar em favor da Classe Médica, pois agora ao organizar o I Congresso Brasileiro Médico Cristão, recebemos caloroso apoio à realização do evento, inclusive com a participação dos presidentes da APM e da AMB no programa científico de nosso conclave. A par do apoio institucional, recebemos a manifestação dos respectivos presidentes à disposição na divulgação de nosso Congresso aos membros das entidades médicas.

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Nossas visitas aos presidentes da APM e da AMB estavam agendadas há mais de dois meses objetivando estreitar o relacionamento de nossas Entidades. Com efeito, fomos carinhosamente recebidos pelas diretorias, oportunidade na qual pude descrever minhas atuações nas respectivas gestões administrativas ocorridas há 30 anos.

Na oportunidade apresentei os impressos e quadros de divulgação de numerosos eventos que participei na organização. Entreguei ao Dr. César Eduardo Fernandes, presidente da AMB, um exemplar dos Anais do XI Congresso Associação Médica Brasileira, que teve nossa coordenação, em 1992. A confreira Márcia Etelli Coelho, que também é médica, presenteou o Dr. César com duas Antologias da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores – Sobrames-SP, lançadas em 2023, por ocasião da Jornada Médico Literária, realizada no anfiteatro da AMB, como prova de agradecimento pela parceria.

Os presidentes da APM, Dr. Antônio José Gonçalves e da AMB, Dr. César Eduardo Fernandes, aceitaram nossos convites para participação no programa do I Congresso Médico Cristão, a ser realizado entre os dias 15 e 16 de novembro próximo, na cidade de Campinas – SP e ofereceram divulgar em seus amplos canais de comunicação todas as informações do aos membros dessas Entidades. Na foto, a presença do presidente Dr. César e outros diretores com a confreira Márcia ao meu lado, representando a ACL.