Nos idos de 1983, adquiri um cavalo puro-sangue inglês de uma forma inusitada, quando frequentava um leilão no Jockey Clube, a fim de tomar um bom uísque e viver o clamor da sociedade.
Eis que por um gesto ignorado, por exemplo, ajeitando meu chapéu na cabeça, ou coisa que o valha, apareceu uma donzela com uma prancheta na mão se dirigindo a mim.
Parabenizou-me pela aquisição, pedindo para assinar a promissória e informar RG, CPF, endereço residencial, me dando prazo de quinze dias para retirá-lo na chácara do Jockey.
Tomei meu último gole daquela "cicuta" e fui tratar e resolver meu problema equestre.
Aconselhado a transferi-lo do Jockey Clube de São Paulo para o Paraná, onde o preço do trato e o valor do prêmio são mais vantajosos, topei a mudança que durou um ano entre prêmios e despesas, terminando com outro leilão, me livrando da tragédia grega.
* Vide parágrafo 37, p. 29 do livro "CHICO LUZ, MEMÓRIAS DO PASSADO E PRESENTE".