Em bonita sessão literária, na noite de 6 de maio de 2024, foi comemorado no salão nobre da Academia Campinense de Letras, o 68º aniversário dessa instituição fundada em 17 de maio de 1956, considerada “O Farol das Letras, Literatura e Cultura”.
Na solenidade, a Academia Cristã de Letras foi representada pelo seu presidente, Juarez de Moraes Avelar em companhia do confrade José Domingos de Lima Pezza e de João Thomas do Amaral, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.
Durante o encontro, Jorge Alves de Lima, presidente da Academia Campinense de Letras, fez um retrospecto no qual ressaltou nomes de valorosos integrantes que fizeram parte do sodalício ao longo dos anos e enalteceu a magistral trajetória de vida do palestrante convidado, Dr. José Roberto Nalini que, entre tantas outras atividades, é também integrante remido de nossa Academia Cristã de Letras.
Ao final, os convidados foram agraciados com a apresentação do tenor Alcides Acosta, ex-presidente da Associação Brasileira de Artistas Líricos - Abal, acompanhado pelo pianista Alexsander dos Reis. Em seguida houve o corte do bolo e o tradicional “Parabéns a você”, acompanhado de um delicioso coquetel.
O termo Campinense é, segundo a acadêmica Ana Maria Melo Negrão, um adjetivo gentílico pátrio. “Um adjetivo quando se atém a demonstrar a origem das pessoas e das coisas recebe um sufixo, em princípio, o sufixo “eiro” é utilizado para indicar profissão, como em mineiro, padeiro, açougueiro, sapateiro”. Ainda, conforme a acadêmica, a polêmica foi grande na época da fundação da instituição pela existência da cidade paraibana chamada Campina Grande que eternizou entre seus habitantes o adjetivo “campinense”.
A discussão aconteceu diante do fato de que quando o substantivo próprio, é composto por dois nomes, o sufixo acompanha o segundo termo. Assim, em Campina Grande, o sufixo corretamente utilizado seria campina-grandense e não “campinense”.
Deste modo, para quem nasce em Campinas, o termo utilizado pode ser o campinense, mas nada impede ser utilizado, como opção, o termo campineiro. Para a academia Ana Maria Melo Negrão, foi escolhido o termo campinense, “por ser mais literário, mais nobre, mais castiço”. Em seguida, enfatiza: “Se trata de um adjetivo gentílico pátrio”.