Na última reunião da Academia Cristã de Letras, no mês de março, o Acadêmico Sebastião Luiz Amorim - Membro da ACL, onde ocupa a Cadeira nº 29 pediu a palavra para reverenciar SÃO JOSÉ.
“São José de coração aberto para aceitar as profecias. O homem justo, humilde e bom, encarregado de zelar pela Virgem e de ser o tutor do Messias. O carpinteiro simples, que ‘morreria sem poder ver manifestada a missão de Jesus’. Tudo, todos os seus sofrimentos e esperanças, permaneceriam ocultos no silêncio. A sua visão não foi uma vida de auto-afirmação, em que o homem procura desenvolver ao máximo as suas potencialidades ou realizar tudo o que pretende. Não foi uma vida de auto-afirmação, mas de autonegação, de renúncia: ‘Serás levado para onde não queres ir’.
Esta citação é do papa Bento XVI, outro José, em homilia ao seu protetor, São José, assinalava que ‘José não tomou posse da sua vida, deu-a, não realizou um plano que tivesse elaborado com luzes próprias e posto em prática com a sua vontade, mas entregou-se às mãos dos desígnios divinos, entregou a sua vontade à vontade de outro, a uma vontade maior, à própria vontade divina. Pois é exatamente quando isso acontece, quando o homem se perde de si mesmo, que ele se encontra a sim mesmo’.
Posso me considerar muito abençoado por meu patrono. Aquele, ‘José, o homem que se perde de si mesmo, o homem que renuncia, que por assim dizer segue por antecipação o Crucificado’ e, portanto, ‘mostra-nos o caminho da fidelidade, o caminho da ressurreição e da vida’.
Meu patrono é também padroeiro anomástico de um querido irmão José Amorim, também poeta, também cristão, a quem também homenageio.”