ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA DA ACADEMIA CRISTÃ DE LETRAS (01/10/1991)
Ao primeiro dia do mês de outubro de mil novecentos e noventa e um, realizou-se, às 17:30 horas, no auditório do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, situado na rua Benjamin Constant, nº 158, 1º andar, nesta capital, sob a presidência do acadêmico Afiz Sadi, a sessão ordinária da Academia Cristã de Letras. Compareceram os seguintes acadêmicos: Afiz Sadi, Jorge Salim Sáfady, Genésio Cândido Pereira Filho, Divaldo Gaspar de Freitas, Pe. Hélio Abranches Viotti, Tácito Remi de Macedo Van Langendonck, Adérito Augusto de Moraes Calado, Silvio Marone, Luiz Wanderley Torres, Carlos Corrêa de Oliveira, Hugo Beolchi Jr. e Roberto Machado Carvalho, num total de doze acadêmicos. Dando início aos trabalhos, o sr. presidente, acadêmico Afiz Sadi, solicitou ao secretário geral, acadêmico Roberto Machado Carvalho, que lesse a Ata da sessão anterior, correspondente ao dia 27 de agosto. Colocada em discussão, foi aprovada. Em seguida, o acadêmico recém eleito Carlos Corrêa de Oliveira pronunciou discurso em homenagem póstuma ao jornalista e acadêmico Paulo Zingg, repassando, em admirável síntese, diversos aspectos da vida e obra do saudoso confrade, falecido em 18 de julho passado. Em seguida, o sr. presidente comunicou que naquela sessão, a Academia Cristã de Letras estava prestando uma homenagem, como faz todos os anos, ao excelso patrono da Academia, São Francisco de Assis, cujo dia consagrado à sua lembrança é 4 de outubro, transcorrendo também, nessa data, o Dia do Poeta. Constou da homenagem a leitura, pelo acadêmico Roberto Machado Carvalho, do famoso “Cântico ao Amigo Sol” de São Francisco de Assis. A seguir, o acadêmico Silvio Marone pronunciou palestra sobre o tema “Os 80 anos do Teatro Municipal de São Paulo”, realçando os fatores que contribuíram para a construção do Teatro, inaugurado em 1911; as grandes companhias líricas que apresentaram recitais, destacando alguns nomes famosos na música universal e algumas curiosidades como a existência de galerias escavadas nas rochas, aventando a hipótese de servirem para a boa acústica. Num aparte, o acadêmico Afiz Sadi, disse que, visitando um Teatro, em Alexandria, Egito, também encontrou algo parecido, isto é um local onde poetas declamavam com boa acústica. O acadêmico Hugo Beolchi Jr. fez o elogio da palestra, considerando que a Academia deve promover outras, em suas sessões. O acadêmico Roberto Machado Carvalho comunicou que o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo estava convidando para a sessão de homenagem ao bicentenário de D. Antônio Joaquim de Mello, o grande bispo de São Paulo e o sesquicentenário de Prudente de Moraes, o primeiro presidente civil da República, a ser realizada no dia seguinte, isto é 2 de outubro. O acadêmico Luiz Wanderley Torres congratulou-se com aquela magnífica sessão e declamou versos de sua autoria, como um “Hino à São Paulo”. Nada mais havendo a tratar, o sr. presidente, Afiz Sadi, encerrou a sessão e para constar, eu, Roberto Machado Carvalho, secretário geral, lavrei a presente Ata que, após lida, discutida e aprovada, vai assinada pelo presidente, secretário geral e acadêmicos.
São Paulo, 01 de outubro de 1991.